MISTURE O NOVO E O CONHECIDO

MISTURE O NOVO E O CONHECIDO

“ Não mostre nada que já vimos antes” essa frase é bem conhecida quando o assunto é inovação, mas se analisarmos bem de perto os últimos casos bem-sucedidos de inovações, podemos identificar que está abordagem, é bem falha. São raras as inovações radicais e de sucesso que são 100% novas. Em grande maioria, a ideia já existe, porém numa situação nova. Raramente inovações verdadeiramente de ruptura, fazem sucesso logo de saída. Isso, porque nós ficamos nervosos com o novo, com aquilo que não estamos acostumados, nossa reação mais comum, é dizer que não entendemos como aquilo funciona.


Mas de onde vem essa obsessão em apresentar sempre uma novidade ao consumidor? A resposta é simples, a novidade funciona como estratégia de sobrevivência para categorias maduras, como alguns produtos alimentícios, artigos de consumo domésticos e carros.

Um bom exemplo, foram os automóveis híbridos. Os americanos, logo pensam no Prius da Toyota, um dos modelos mais vendidos e responsável por reconduzir a montadora japonesa à liderança do setor, no início da década de 2000. Porém o Prius não foi dono da inovação do hibrido. No final dos anos 90, o Insight da Honda, impactou o setor dos combustíveis durante vários meses. Um dos motivos do modelo da Toyota ter desfrutado de tal popularidade na época, foi publicado pela revista norte-americana Car and Driver: o fato é que o público não conseguiu abraçar com paixão o Insight por ser um carro ‘estranho’, ao contrário do Prius que era diferente, mas nem tanto, comparados aos outros modelos hatch de 4 portas.


Dois anos depois, a Honda mostrou como a inovação pode fracassar na direção contrária. Ao lançar o Honda Civic Hybrid em 2001. Chegou aos EUA como um carro de alta eficiência, mas que parecia quase igual ao Civic comum, faltando diferenciais.


Podemos ver nestes casos, que o consumidor aposta inicialmente em modelos familiares, mas que devem ter o mínimo de inovação. Para inovar, precisamos parar de buscar a novidade pela novidade e fazermos a pergunta certa: Qual a versão mais adequada?

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