LEGADO OU NOSTALGIA?

LEGADO OU NOSTALGIA?

Legado, não é a recordação dos bons tempos quando o velho líder estava lá, isso é nostalgia! O legado de um líder, é tão forte quanto as bases assentadas por ele, permitindo que outros continuem a aperfeiçoar a organização em seu nome. Jim Collins e Jerry Porras, afirmam em seu livro Feitas para durar, que quando o gênio estava lá no alto, leva consigo sua experiência e sua genialidade. Porém, quando um líder tem a humildade de distribuir o poder pela organização, a força da companhia se torna menos dependente de uma única pessoa e consegue sobreviver facilmente e por mais tempo.


Os líderes devem se dedicar a treinar e formar seu pessoal, para que possam comandar e controlar qualquer situação por si mesmas. Segundo a pesquisadora Dra. Natalia Lorinkova, que atua na área de gestão e liderança na Wayne State University, “as equipes conduzidas por um líder diretivo até superam aquelas conduzidas por um líder que distribuir o poder no começo. Mas a equipe que tem um líder que distribui o poder melhora seu desempenho com o tempo graças a níveis mais elevados de aprendizado, coordenação, capacitação e desenvolvimento mental”. Mostrando que o melhor desempenho é resultado direto da sensação de segurança junto a seus pares e de acreditarem que seus líderes se preocupam com seu bem-estar.


Essa aposta na teoria do próximo gênio acrescenta uma importância desequilibrada e um risco elevado ao planejamento sucessório. Se o novo líder não conseguir comandar e controlar com a mesma eficiência de seu antecessor, é provável que os membros da organização não se arrisquem a participar da visão do líder e estarão ocupados tentando se proteger uns dos outros. Os funcionários são forçados a trabalhar em um ambiente no qual o desempenho em curto prazo é valorizado acima de tudo e o bem-estar das pessoas fica quase sempre em segundo plano. As consequências disso são bem ruins para a companhia. Quando nos sentimos inseguros diante das incertezas, fica quase impossível estabelecer relacionamentos e confiar nos outros. E quando isso acontece, nosso trabalho sofre, a cultura sofre e a organização toda sofre…

Os clientes nunca vão amar uma empresa se antes os funcionários não a amarem. É fato que o lucro é a meta de qualquer negócio, mas sugerir que é a principal responsabilidade de um negócio é um equívoco. Os líderes das companhias que veem o lucro como combustível para suas culturas é que vão sobreviver a seus concorrentes viciados em dopamina e encharcados de cortisol. O desempenho de uma companhia está intimamente ligado à personalidade e aos valores de quem a lidera e essas características que determinam o tom da cultura.

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